tag:blogger.com,1999:blog-9595070963683768222024-02-07T01:20:32.099-03:00AMOR DE MÃEMarinheira de primeira viagem ou não. Ser mãe é sempre uma experiência repleta de novidades, emoções, sensações maravilhosas. Aqui a oportunidade de compartilhar essas experiências.Renata Martinshttp://www.blogger.com/profile/04959845681578070966noreply@blogger.comBlogger75125tag:blogger.com,1999:blog-959507096368376822.post-53767821458749180272013-04-18T13:38:00.001-03:002013-04-18T13:38:40.950-03:00IndependênciaE tão cedo eu tive essa sensação!<br />
Tão cedo percebo que todos os momentos com minha filha são únicos. Pois filhos se tornam independentes. Tive essa sensação outro dia, quando minha pequena entrou na escola e não se virou como de costume para jogar um beijo e acenar com a mão, estando mais interessada no brinquedo que a amiguinha tinha nas mãos.<br />
E essa sensação de perda me fez relembrar que nós um dia, também fomos dependentes e agora libertamos as amarras. Não todas naturalmente. Ainda somos dependentes de carinho e afeto. Dependentes de nossa rotina, dos valores impregnados da sociedade. Somos dependentes de nosso próprio pré conceito sobre as coisas.<br />
É essa dependência que nos torna amedrontados, com medo de errar, medo de inovar, medo de fazer diferente, nos impedindo que algo novo, bom, saudável possa dar certo. Dizemos diariamente que somos adultos dependentes, que pagamos nossas próprias contas, fazemos o que queremos, quando queremos, da maneira que queremos.<br />
Mentira!<br />
Somos totalmente dependentes das convenções, dos medos, das limites que nos foram impostos ou criados por nós. E pensando assim, agora reflito. Em muitos momentos, as crianças são mais independentes do que nós. Elas se tornam independentes dos adultos, mas podem, como nós, tornar-se dependentes de si mesmas.<br />
<br />Renata Martinshttp://www.blogger.com/profile/04959845681578070966noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-959507096368376822.post-7197003103093386782012-10-24T16:44:00.001-02:002012-10-24T16:44:19.103-02:00Decepções e ExpectativasA decepção faz parte da vida. Não existe quem nunca ficou com olhos marejados porque alguém a quem amava teve atitudes inesperadas. É comum.<br />
Certa vez, uma amiga me disse que essa culpa é nossa. Somos culpados pelos nossos desapontamentos porque colocamos expectativas demais em outra pessoa. Moldamos nossos amigos, familiares e parceiros conforme nossa própria ideia, e claro, eles não estão cientes disso. Nem todos podem adivinhar quais são nossos anseios em um relacionamento.<br />
Portanto, seguindo essa teoria, se tivermos a sapiência de evitar esperar demais das pessoas, muito sofrimento será evitado. Parece simples, o difícil é praticar esse desapego.<br />
Depositar expectativas faz parte do ser humano.<br />
Como não vamos esperar que nosso parceiro, por exemplo, não compreenda e perceba quando precisamos de mais carinho e atenção do que o normal?<br />
Queremos sempre que nosso filho seja obediente, estudioso, inteligente, amoroso. Queremos que nosso parceiro seja compreensivo, grato, atencioso, companheiro. Queremos que nossa mãe atenda às nossas necessidades em todo momento. Esperamos sempre que nossos amigos fiquem do nosso lado mesmo quando nossas atitudes não sejam as mais corretas. Desejamos ardentemente sermos reconhecidos no trabalho. Ansiamos por aprovação da sociedade, por reconhecimento, por ajuda nos momentos que precisamos. Acreditamos fielmente que ao ajudar alguém um dia, esta pessoa irá retribuir.<br />
E claro, em inúmeras vezes essas coisas simplesmente não acontece: seu filho tira notas baixas, seu marido faz uma grosseria desnecessária, sua amiga sente inveja, sua mãe te diz um não, seu chefe promove o colega preguiçoso ao invés de você.<br />
Nesses momentos fatídicos, normalmente nos perguntamos: onde foi que eu errei?<br />
Talvez a teoria de minha amiga esteja certa: você errou nas suas expectativas, mas talvez também, em alguns momentos, sua expectativa estava certa, mas seu interlocutor, como ser humano, errou pois foi individualista, egoísta, ganancioso demais para perceber ou até mesmo para querer atender aos seus desejos.<br />
Pare e pense também: quantas vezes você não atendeu à expectativa de alguém?<br />
Ficou sem resposta? Não conseguiu lembrar? Lembrou e sentir uma pontada de vergonha?<br />
É... parece que nem toda resposta é simples.<br />
Por isso decepção existe e sempre existirá. Por isso devemos aprender com elas. Se aperfeiçoar.<br />
Seja o caminho que escolher: reduzir ou não suas expectativas, vou sempre concordar com uma coisa: a solução está sempre em você, na sua maneira de encarar a vida.Renata Martinshttp://www.blogger.com/profile/04959845681578070966noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-959507096368376822.post-41503797194203399502012-10-16T16:17:00.000-03:002012-10-16T16:17:07.717-03:00A vida profissional<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Alguém veio me dizer esses dias
que a mulher deve escolher entre a maternidade e a vida profissional. Uma vez
que ela se torne mãe, ela deve contentar-se em ter um emprego, mas deve
esquecer a ideia de ser uma profissional bem sucedida, importante, com alto
cargo e alto salário.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Confesso que me pus a refletir
sobre isso, mas ainda não consegui concordar com a ideia. Sei que a maternidade
as obrigações de mãe, causam certas restrições, mas ainda quero crer que é
possível alcançar as duas coisas desde que haja dedicação, empenho e claro, uma
dose de sorte.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Mas partindo do pressuposto de
que é impossível conciliar as duas coisas como decidir então, sendo uma mulher
o que é mais importante? <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Vamos com você que optou pela
vida profissional. Tens uma carreira de sucesso, é uma executiva importante,
ganha o suficiente para ter carro do ano importando, apartamento próprio em
zona nobre, faz viagens frequentes ao exterior e todas as suas coisas são de
grife. Parece mesmo uma opção muito boa, mas lembre-se, na teoria daquele em
que um cenário não pode coexistir com o outro, lembre-se que seus
relacionamentos não dão certo. Sim, você se casou, mas de maneira nenhuma quer
ter filhos. Na primeira hipótese encontrou um parceiro que também não quer,
então aí está seu grau de felicidade (claro, nunca será acordada de madrugada
com o choro de um bebê, mas também não receberá pela manhã o beijo doce do bom
dia, o sorriso encantador quando chegar do trabalho, nem um eu te amo quando o
pequeno ser humano estiver quase adormecendo). Na segunda hipótese seu marido
não está nada satisfeito com a sua decisão, te pressiona, te cobra, pede
filhos, diz que vocês deixarão a terra sem ter plantado nela. Nesse caso, sua
cota de felicidade será reduzida pelo inferno da cobrança. Mas eu acho que dá
pra se viver com isso.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
No cenário número dois, você
escolheu a maternidade e se contentou ou em abrir mão de vez da carreira, ou em
construir uma carreira modesta, trabalhando ‘para ter suas coisinhas’, mas sem
destaque, sem muita importância, sem carros importados, viagens maravilhosas e
roupas de marca. Sim, já dá para começar a enumerar os problemas... Viagem nas
férias? Vamos ver se sobrou dinheiro. Carro novo? Depende do quanto vai
aumentar a mensalidade da escola, roupas e sapatos caros? Nada como um bom
magazine para gente se vestir não é mesmo? Sim, você faz contas, dribla o orçamento,
economiza, samba um pouco e quem sabe consegue comprar aquela mesa nova que
você quer na sua sala de jantar, mas não é nada fácil. Sair para a balada? Tem
babá? ( só se seu marido ganha bem), a avó pode ficar com a criança? Quantas
horas você dorme por noite? Tem tempo de estudar, malhar, ler? Sim, são
questões inerentes ao ofício de ser mãe, mulher, esposa. Mas também existem suas
compensações. O amor incondicional é uma delas, e não é mensurável, ou
explicável, só quem sente sabe julgar. Existe o pulo de alegria quando você
chega em casa após um dia extenso de trabalho. O “Eba, mamãe chegou!”
pronunciado com alegria e seguido do abraço apertado e carinhoso, do beijo
doce. Existe os inúmeros eu te amos, a sensação de estar ensinando algo a
alguém, o poder de saber que você deixará nesse planeta, uma marca sua, seu
gene, seu jeito de olhar, um traço de sua personalidade. Ter filhos e depois
netos é o mais próximo na imortalidade a que o ser humano pode chegar. Sim, eu
acho que dá pra viver com isso também. E uma vez que você tem, não pode
imaginar como seria sua vida sem.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Mas e o equilíbrio? Não é possível
mesmo? A pessoa que traçou uma regra tão simples durante essa conversa não
consegue vislumbrar casos em que a mulher possa atingir os dois picos de
felicidade? Digo bem, a mulher, porque pra homem essa pessoa acha natural ter as
duas coisas. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Nós como mulheres devemos aceitar
um ou outro caminho? Ou podemos dar um basta a esse julgamento, que mesmo após
refletir muito eu ainda considero preconceituoso?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O que você acha? Somos nós que
escolhemos ou a escolha é feita por Deus? Somos donas do nosso próprio destino?
Onde está a resposta?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A minha eu encontrei dentro de
mim. <o:p></o:p></div>
Renata Martinshttp://www.blogger.com/profile/04959845681578070966noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-959507096368376822.post-7025050805505907572012-10-13T21:14:00.000-03:002012-10-13T21:14:11.423-03:00Fim do abandonoEntre trabalho, estudo, casa, marido e minha adorada filha, restou-me pouco tempo para escrever nos últimos meses. A partir de hoje, como propósito, resolvi transpor aqui o que tenho feito no facebook.<br />
As conversas de Letícia, que meus amigos tanto curtem não só serão publicadas no blog, como também haverá certa reflexão sobre elas.<br />
Sinto ter escrito tão pouco, mas a verdade é que passei por um momento de transição e incertezas. Pelo menos a incerteza acabou e a transição está começando agora.<br />
<br />Renata Martinshttp://www.blogger.com/profile/04959845681578070966noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-959507096368376822.post-90388605206401616312012-04-18T22:39:00.004-03:002012-04-18T22:52:41.532-03:00A tarefa difícil de se colocar no lugar do outro<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; "></p><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; "><span style="font-size: 10.5pt; ">Eu ensino à minha filha valores nos quais acredito. Simples assim. Quero que ela um ser humano melhor, sempre e por isso, ensino um pouco do que aprendi.</span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; "><span style="font-size: 10.5pt; ">Todos nós temos um sentimento de certeza de nossas verdades. Algumas pessoas possuem isso mais que outras. É inerente ao ser humano achar que sua versão dos fatos é sempre a correta e verdadeira, pois praticamos pouco o exercício de nos colocar no lugar da outra pessoa para saber o que ela pensa ou o que ela sente.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; "><span style="font-size: 10.5pt; ">Estamos tão preocupados com os nossos próprios sentimentos, nossas próprias necessidades que esquecemos que do outro lado da história há outro ser humano com seus próprios anseios e desejos. É esta atitude tão simples, a responsável pelos milhares de desentendimentos que vemos no dia a dia. </span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; "><span style="font-size: 10.5pt; ">Não engane a si mesmo dizendo que você não é assim. Todo mundo é. Alguns mais que outros. Tentamos mascarar a verdade perguntando para terceiros a opinião sobre o que vivenciamos, mas o que queremos é apenas a confirmação de que estamos certos.</span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; "><span style="font-size: 10.5pt; ">Eu entendi isso a duras penas, depois de muito bater a cabeça impondo a minha razão onde não existia razão alguma. Toda história tem dois lados. Quem está de fora até pode conseguir vislumbrar o lado correto, ou que possui maior razão, mas normalmente, ninguém está certo. O que existe é uma série de atitudes egoístas que acabam por destruir qualquer harmonia possível entre duas pessoas e assim não há amor, amizade ou qualquer tipo de relacionamento que resista.</span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; "><span style="font-size: 10.5pt; ">Como ser humano, não consigo ser altruísta sempre (ou quase nunca), mas procuro sempre que possível me colocar no lugar do outro e tentar compreender suas atitudes. Não é um exercício fácil, mas com certeza é compensador.</span></p><p></p><div style="font-size: 100%; "><br /></div>Renata Martinshttp://www.blogger.com/profile/04959845681578070966noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-959507096368376822.post-1957371265584360952012-01-06T16:27:00.001-02:002012-01-06T16:27:37.702-02:00Dois anos...<p class="MsoNormal" style="text-align:justify"> Letícia completou dois anos. Eu completei dois anos de um novo ciclo em minha vida. Não me recordo mais de como eram os dias em que eu pensava apenas em minhas necessidades e meus desejos. Desde que ela nasceu, meus pensamentos e ações estão diretamente ligados ao bem estar dela. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"> Não vejo isso como algo ruim, digo a parte de pensar menos em mim. Nos últimos meses passei a dedicar parte do meu tempo às minhas necessidades individuais, porém, o predomínio das necessidades de minha pequena ainda é maior. Vejo isso de forma natural e benéfica em vários aspectos. Como disse é um novo ciclo. Tenho uma amiga que adora essa palavra e agora eu passei a gostar também.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"> Sou uma pessoa cheia de medos. Confesso que às vezes me acho um tanto depressiva, mesmo que no dia a dia eu não me permita ter o tempo necessário para pensar em meus medos. Prefiro o pensamento positivo, a esperança do algo melhor, a rotina incansável de trabalho e das atividades domésticas ao exercício do sentar e refletir sobre as minhas aflições e dos motivos delas existirem. No momento, meu medo é não </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"> Quando me comparo à Letícia (mesmo sendo algo absurdo de se fazer, pois ela é uma criança e eu uma adulta) vejo o desenvolvimento da espécie (Risos). Ela é feliz como toda criança deve ser. Não me recordo de quando tinha dois anos, mas que eu saiba sempre fui meio circunspecta. Letícia não. Ela é agradável e engraçada. Faz bagunça e se diverte com coisas grandes e pequenas. Eu era comportada (segundo diz minha mãe). </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"> Eu sou feliz, não me entenda mal, só sou um ser cheio de anseios e medos, talvez como muitos outros seres humanos, talvez um pouco menos ou um pouco mais. Meu desafio é não transmitir meus temores à minha filha. Até agora tenho feito um bom trabalho, pois só vejo nela sorrisos e grandes risadas. Ela é um pouco brava, geniosa e controladora (herdou isso de mim), mas sabe conquistar a todos com seu jeito carinhoso e cativante. Quando faz arte e precisamos colocar autoridade em nossas vozes, ela nos olha com carinha de santa e diz “amo muito, muito você”, o que nos quebra e nos fraqueza na tarefa árdua que é educar. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"> Não sei muito como deve se comportar uma criança de dois anos. Lembro vagamente da minha irmã caçula, que nasceu quando eu tinha oito anos. Acho que por causa do meu desconhecimento me surpreendo a cada dia com seu desenvolvimento. Ela fala frases completas, faz conexões entre as pessoas, se questionada se ama papai e mamãe, ela não responde – amo papai e mamãe – ela diz “amo os dois”. Ela reconhece os lugares onde as pessoas mais próximas moram, aponta o nome de vários conhecidos em fotos e fala ao telefone como gente grande. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"> Bom, posso não ser perfeita, posso não ser uma mãe perfeita, mas sim, tenho feito um bom trabalho nesses dois anos. A maternidade é um ciclo eterno composto por vários ciclos. Eu, ainda estou no paraíso. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"> </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"> </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><o:p> </o:p></p>Renata Martinshttp://www.blogger.com/profile/04959845681578070966noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-959507096368376822.post-50827220489347777962011-09-28T13:27:00.002-03:002011-09-28T13:34:27.477-03:00Na escola...Lembro da primeira vez que fui à escola. Eu tinha cinco anos, mas nunca me esqueço porque soltei a mão de meu pai, ganhei um beijo e corri pelo jardim olhando para trás, um pouco triste pelo que achava que estava perdendo, mas feliz pela expectativa daquilo que encontraria. Eu sempre fui assim. Sempre tive medo de deixar o passado e ansiedade pelo futuro. <div><br /></div><div>Minha pequena provavelmente não terá essa lembrança. Ela foi para a escolinha ainda bebê, quando a licença maternidade acabou e portanto, os dias inteiros de mãe e filha. Talvez seja melhor assim, ela não se lembrará de minha tristeza ao deixá-la, nem do meu desapontamento quando, nos dias de hoje, ela não quer ir embora da escola.</div><div><br /></div><div>Sim, pasmem, meus amigos. Meu bebê de um ano e oito meses, chora, esperneia, se joga no chão para ficar na escola. Alguns podem dizer que isso é bom sinal: ela é bem tratada, gosta das tias, dos amiguinhos... mas meu coração de mãe fica pequenino, porque o que eu esperava ela um baita sorrido e um abraço apertado assim que ela me visse.</div><div><br /></div><div>Não, não maltrato minha filha. Aliás, acho impossível dar mais amor. Não sei porque essa reação. Se a escola é boa demais, se ela gosta muito de brincar e eu sempre chego no auge da brincadeira, se ela propositalmente quer se vingar por eu a ter deixado, ou se simplesmente ela gosta mais das tias que da mamãe (agora soei um pouco melodramática).</div><div><br /></div><div>O fato é que, como todas as mães dizem: a gente cria os filhos para o mundo e não para nós. Triste demais aprender isso tão cedo assim...</div><div><br /></div><div>PS: minha alegria volta uns dez minutos depois que chegamos em casa. Ela pula, brinca, diz que me ama, me abraça, me aperta, grita, diz que quer meu colo, gruda em minhas pernas e não para de chamar mamãe, até que... o papai chega!</div>Renata Martinshttp://www.blogger.com/profile/04959845681578070966noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-959507096368376822.post-43308195096548945122011-09-06T12:48:00.002-03:002011-09-06T12:50:43.522-03:00Te amo- Ti aimo mamãe!<div><br /></div><div>É esta frase que minha filha me diz todos os dias pela manhã. Apesar de às vezes eu ser estressada, e devido ao trabalho e outros compromissos ter pouco tempo pra ela. Quando a deixo na escola, ela me olha com um olhinho triste, porque acabou as brincadeiras da parte da manhã, e quando vou buscá-la ela chora porque não quer ir embora, o que me frustra e me faz perguntar se sou uma boa mãe. Quando chegamos em casa, ela esquece o choro, me abraça e já começa a me morder e beijar, com e enche a boca pra dizer novamente: ti aimo mamãe...</div><div><br /></div><div>O que será que ela pensa?</div>Renata Martinshttp://www.blogger.com/profile/04959845681578070966noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-959507096368376822.post-17241663739388807982011-08-02T14:37:00.002-03:002011-08-02T14:42:04.135-03:00Uma nova bençãoHá algum tempo, eu escrevi um texto aqui em homenagem a uma amiga que passava por uma dor, que ninguém no mundo deve desejar. Ela estava triste, desanimada, sem vontade. Disse que minhas palavras a ajudaram a encontrar o consolo necessário para seguir em frente, não sem dor, porque isso era impossível, mas com certa resignação e fé por aquilo que não tinha como mudar.<div><br /></div><div>Hoje, ela está feliz, plena e realizada. A esperança voltou a reinar em seu coração, um novo ser cresce dentro dela, tão amado e esperado, tão abençoado que só quem compartilhou sua história sabe o que isso significa. </div><div><br /></div><div>Agora, quero escrever para ela novamente. Dizer que, se minhas palavras pregressas servirão de consolo naquele momento, espero que estas agora, sirvam de inspiração e felicidade e transmitam toda a energia positiva que existe no mundo para ela! Alguns momentos devem ser compartilhados antes, durante e depois, e esse que ela vive agora, está sendo compartilhado por mim!</div><div><br /></div><div>Beijo grande Manu!</div>Renata Martinshttp://www.blogger.com/profile/04959845681578070966noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-959507096368376822.post-46864805060816739842011-08-02T14:21:00.004-03:002011-08-02T14:30:48.430-03:00Mudança de valores<div style="text-align: justify;">Ontem estava pensando em como os tempos mudam. A modernidade chega a cada geração e com ela, uma série de novas manias são colocadas em prática. O que antes era uma absurdo, agora é normal, legal até. Difícil criar uma criança em um mundo cheio de mudanças de valores.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Esses dias, li um artigo muito interessante que falava sobre a educação dos filhos e como os pais da atualidade, tendem a se desdobrar para fornecer a eles tudo o que desejam, a conquista da felicidade plena. O interessante na visão da autora, é que com esse comportamento criamos uma ser dependente de mais da proteção materna e incapaz de lidar com as frustrações que invariavelmente vão acabar encontrando na vida. </div><div><br /></div><div style="text-align: justify;">Embora seja compreensível que os pais desejem a felicidade dos filhos, não é admissível que eles façam absurdos para isso. Não passa pela minha cabeça ver lágrimas nos olhos de minha filha quando ela encontrar em sua vida algo que a deixe frustrada ou infeliz, mas eu sei que esses momentos acontecerão, e o que eu posso fazer? Apenas estar lá, e dar a melhor formação para que ela aprende com seus próprios erros, com os dissabores que irá enfrentar. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Mesmo que não dependa dos pais a felicidade plena dos filhos, acredito que eles são os responsáveis por norteá-los na busca por ela, ensinando os valores de uma pessoa digna, honesta de e de caráter. O difícil é você ensinar valores nesse mundo, que como eu disse anteriormente, muda de valores a cada momento. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Certa ou errada em meus princípios, são eles que vão direcionar a maneira de eu educar minha filha. Ao menos, é minha opinião e visão de mundo que vou dar, com todos os instrumentos necessários para que no futuro, ela julgue por si mesma e tenha seus próprios valores.</div>Renata Martinshttp://www.blogger.com/profile/04959845681578070966noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-959507096368376822.post-552315318512791122011-07-04T13:03:00.003-03:002011-07-04T13:16:16.624-03:00Nada é maior que o amorO tempo passa muito rápido quando temos uma criança em casa. Com a rotina totalmente voltada para esses pequenos, prazeres mundanos, como escrever no blog, acabam tornando-se escassos. Confesso que nos últimos tempos ando um pouco deprimida. Não consigo organizar minha vida de maneira satisfatória. O trabalho me consome, os afazeres domésticos se acumulam e minha saúde anda frágil. De onde tirar força?<div><br /></div><div>Essa é uma pergunta fácil de responder. Toda vez que olho nos olhos de minha filha vejo o amor que sentimos uma pela outra. Ela já tem personalidade definida, mesmo sendo tão pequena. As crianças possuem certas manias adquiridas pela convivência com os adultos e outras inatas. A mania de Letícia querer as coisas do jeito dela vem da convivência com a mãe. No entanto, é de sua característica inata a obervação e maneira desafiadora usada para contestar ordens diretas. Ela entende todas as frases, mas questiona o imperativo quando não deseja realizá-lo. </div><div><br /></div><div>Sua maneira de demonstrar sentimentos tem um particular que foge daquilo que sempre acreditei ser inerente às crianças. Certo dia, eu com lágrimas nos olhos e desespero a vi tremer e se assustar com tamanha dor que a mãe sentia. Eu acreditava que a criança assustava fugia do problema e esperei que ela saísse de perto de mim, chorando ou gritando com o susto que eu, mesmo não desejando, proporcionei a ela. Letícia, alegria de minha vida, esticou os braços em minha direção, me abraçou forte com seus dois bracinhos, colou seu rosto macio no meu, e com as mãozinhas acariciou minha cabeça dizendo: mamãe, mamãe, mamãe... Se ela falasse frases inteiras, se tivesse um ano a mais do que tem hoje, provavelmente diria: Não chore mamãe, eu estou aqui, estou com você e te amo com todas as minhas forças.</div><div><br /></div><div>Não há tristeza que seja maior do que um amor assim.</div><div><br /></div><div><br /><div><br /></div></div>Renata Martinshttp://www.blogger.com/profile/04959845681578070966noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-959507096368376822.post-23572374744352911962011-04-04T17:17:00.002-03:002011-04-04T17:25:43.196-03:00Mamãe<div style="text-align: justify;">Quando você descobre a gravidez, um mundo de sonhos passa pela sua mente. Você quer saber o sexo, como será o rostinho do bebê, com quem se parecerá e imagina cada detalhe de seu quartinho, suas roupinhas e as milhares de coisas que fará para tornar esse pequeno ser, a criança mais feliz do mundo!<br /><br />No entanto, um dos meus primeiros pensamentos foi o de imaginar uma pequena criança me chamando de mamãe. Mãe. Essa palavra tão curta e tão doce é bela na boca das pessoas. Nos lábios de uma criança tem um sabor especial, indescritível.<br /><br />Seu filho faz parte de você. É um pedaço seu. Quando ele te chama de mamãe, você consegue ver isso de maneira clara, poética.<br /><br />Essa é a sensação que tive na última sexta-feira, quando minha filha, depois de um ano, dois meses e 27 dias, finalmente olhou pra mim, deu seu mais lindo sorrido, esticou os braços e disse: "Mamãe".<br /><br />Não foi o balcuciar de mamama, ou mamãma, que antes ela pronunciava. Ela já falava papai claramente desde 1 ano. Tia também. Vó e Vô de maneira pouco inteligível, mas o sabor da palabra mamãe, com todas as suas letras e seu sentido fonético, correto, forte, me emocionou. Fez-me chorar, pedir para ela repetir inúmeras vezes. E ela fazia. Todas elas se agarrando em minhas pernas, como se entendesse a conquista dessas palavras.<br /><br />Filha, minha amada filha, pronuncie estas duas sílabas quantas vezes achar necessário. ALgumas vezes será de alegria, rezo para que poucas sejam de dor e sofrimento. Mas em qualquer momento, na situação que for, saiba que ao pronunciar 'mamãe', você terá a sua disposição todo o amor que um ser humano pode sentir por outro.<br /><br />Mamãe é sua palavra de escape, de pedido de socorro, de apoio, de carinho, de júbulo. E eu estarei aqui de braços abertos, recebendo seu sorriso, suas lágrimas, suas dúvidas, sua raiva, e tudo o mais que você irá sentir em sua vida. Sempre paciente, te amando imensamente, pronta para te ajudar no que for preciso. Porque ouví-la é música, pura música.<br /></div>Renata Martinshttp://www.blogger.com/profile/04959845681578070966noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-959507096368376822.post-19013773780366502902011-03-03T08:57:00.002-03:002011-03-03T09:03:47.260-03:00ReinadeiraSer criança é não se preocupar com as adversidades. É explorar o que não pode. É mexer onde não deve. Letícia parece saber bem disso, afinal é uma reinadeira de mão cheia. Curiosa para tudo o que encontra pela frente.<br /><br />Já percebi nela uma tendência para habilidades mecânicas. Ela gosta de aparelhos eletrônicos, de ligar e desligar. Não liga muito para coisas grandes, mas gosta de mexer e procurar coisas pequenas (que desespero, tem que ficar de olho para não levar à boca aquilo que possa engolir).<br /><br />Ela também gosta de consertar as coisas. Com eu dedinho treinado, vai direito para o reset do computador enquanto escrevo o post e o reinicia. E quando escuta o star da máquina, ri, como se tivesse realmente conseguido seu objetivo.<br /><br />Eu a impeço colocando as mãos na frente dela, e ela faz uma careta, brava, porque quer apertar e ver o que acontece. Vou escrever sobre curiosidade mais tarde e quanto isso influi em nossa vida, mas agora, post interrompido, porque ela já foi reinar em algo que não deve novamente...Renata Martinshttp://www.blogger.com/profile/04959845681578070966noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-959507096368376822.post-82855558039072545302011-02-22T08:55:00.001-03:002011-02-22T08:57:00.401-03:00Novo blogQueridas seguidoras do meu blog, estou abrindo um novo negócio e um novo blog para falar dele http://renatamartinsassessoriaeeventos.blogspot.com/ quem puder dar uma força agradeço!Renata Martinshttp://www.blogger.com/profile/04959845681578070966noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-959507096368376822.post-35931079127965361992011-02-21T11:54:00.004-03:002011-02-21T12:23:22.749-03:00Mais amor a cada dia<div style="text-align: justify;">O tempo de uma mulher que decidiu ser mãe sem deixar a carreira de lado é um pouco escasso. A necessidade é de um dia de pelo menos 30 horas, umas duas ajudantes fixas e uma dose de paciência extra. É o quinto dia que abro a página para uma nova postagem, mas sinto tanto sono que as idéias deixam de se articular. Talvez eu precise de um método, um cronograma rígido para cumprir as tarefas durante as 24 horas do dia e ainda tirar um tempinho para o lazer e minhas postagens.<br /><br />Ser mãe é maravilhoso. Letícia completou um ano a pouco mais de um mês. Fiz uma festa linda, super movimentada, original que contou com todas as brincadeiras possíveis para as crianças e ainda uma balada gostosa para os adultos. Ela curtiu muito. Apesar de ainda não andar sozinha ( um dos seus passatempos prediletos é andar empurrando cadeiras pela casa), ela engatinhou pelo salão inteiro, brincou na área das crianças e se deliciou com os doces.<br /><br />Desde então seu desenvolvimento é latente. Ela fala muitas palavras, mas só diz mamã raramente, como se fosse uma forma de me provocar porque gosta de me ouvir pedindo. Ao acordar me abraça e me beija, gosta de brincar de me fazer cócegas, e conversa comigo, balbuciando coisas que mal entendo, mas acho muita graça.<br /><br />Aprendeu a fazer caretinhas, e a gargalhar quando escuta a risada dos adultos. Sobe as escadas com uma rapidez incrível, com a mãe o pai ou a avó correndo atrás dela para evitar que caia. Pede para ver seus DVDs prediletos, gosta de ouvir música, de balançar na rede, e de brincar na água. Adora o contato com a grama, e rola por ela sujando a roupa e achando graça do som que faz com a própria risada.<br /><br />Tirando o fato de que dorme muito pouco, eu diria ser a criança perfeita! Mesmo gastando toda energia, ela acorda pelo menos duas vezes durante a madrugada, e parece não se importar (bem é criança, não se importa mesmo), com o sono que os pais vão sentir durante o dia seguinte, enquanto trabalham.<br /><br />Ser mãe é amar tudo isso. Pois apensar do sono, do cansaço, nada me dá mais alegria do que ouvir aquela risada ao amanhecer e observar seu olhartão expressivo se encher de alegria quando chego em casa.<br /></div>Renata Martinshttp://www.blogger.com/profile/04959845681578070966noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-959507096368376822.post-3544290460157880582010-12-14T15:04:00.002-02:002010-12-14T15:23:45.947-02:00Quase um ano<div style="text-align: justify;">O tempo passa muito depressa. Antes eu não tinha essa sensação, agora, conforme vejo Letícia crescer sinto como se o tempo voasse como o vento, rápido, forte, implacável.<br /><br />Desde que minha pequena nasceu minha rotina mudou muito. Nos últimos meses, devido a diversos compromissos não consegui nem atualizar o blog com suas peripécias, mas agora, perto das férias, monografia entregue, obra quase concluída, a diversão tem sido preparar sua festa do primeiro aniversário.<br /></div><br />Muito se passou desde a última vez que passei por aqui. Letícia saiu do peito. Foi uma transição fácil, mais dolorosa pra mim que pra ela, que não teve nenhuma alteração no comportamento por causa disso. Em um domingo, logo após completar dez meses, ela saiu engatinhando atrás de mim e desde então, não para um minuto e vai onde quer.<br /><br />Começar engatinhar tem seus problemas. A atenção é dobrada, mas apesar de todo zelo e cuidado dos pais ela levou seu primeiro tombo. Confesso, até hoje foi o dia mais triste e desesperador que enfrentei ao lado dela. Nosso cansaço nos fez dormir, e a sua esperteza a fez engatinhar para sair da cama, sem limites ela tombou. Médico, raio X, mas graças a Deus, que sempre está ao nosso lado não foi nada, mas o susto basta.<br /><br />Agora, ela fica de pé e anda pela beirados dos móveis, ontem levou um novo tombo ao tentar ir de um para outro sem segurar. Levantou, chorou, riu, está aprendendo seus primeiros passos, levando os primeiros tombos, de uma vida, que espero eu, não tenha muitos.<br /><br />Letícia é o próprio retrato do significado do seu nome, uma criança alegre, risonha para todos, que gargalha a menor graça que fazemos pra ela. Tem todos os traços possíveis do pai. A boa, os olhos, o cabelo, as mãos e pés compridos, a magreza. Da mesma maneira, possui todos os traços da personalidade da mãe, no caso eu: é mandona, quer ser o centro das atenções e não gosta de ser contrariada. Por isso, anda meio birrenta, mas até eu ensiná-la a canalizar tudo isso de uma maneira menos birrenta e mais produtiva.<br /><br />É engraçado e gratificante nos vermos nela. Mesmo quando são defeitinhos. Não há como disfarçar o sorriso, quando ela faz algo que a deixa parecida conosco, mesmo que seja uma arte.<br /><br />Não existe maior riqueza no mundo do que ver os filhos crescerem e aprenderm cada coisa nova. Escuta mamã, papai, vovó, tchau, qué, e todas as outras síbalas que nos fazem querer decifrar esse linguajar único que só os bebês possuem.<br /><br />Enfim, já são quase onze meses e meio, tempo esse que passou depressa, mas com o qual muito aprendi.Renata Martinshttp://www.blogger.com/profile/04959845681578070966noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-959507096368376822.post-61502705398117972802010-10-06T07:35:00.002-03:002010-10-06T08:04:35.101-03:00Vida, nova vidaHá nove meses, eu não sabia que seria tão feliz, mas a maternidade faz isso.<br /><div align="justify">Nesses nove meses passei a encarar a vida de uma maneira um tanto diferente, menos individualista. Percebi que algumas coisas fúteis da vida precisam ser deixadas de lado. Não vale a pena brigar por bobagens e dar importância a coisas tã pequenas que só servem para nos deixar aborrecidos, cismados. </div><div align="justify">Infelizmente, às vezes as pessoas se preocupam muito com que as outras pensam, e pior, com que as outras fazem, ao invés de se preocupar com os próprios pensamentos e ações. Ficam medindo e comparando a própria vida com a alheia e por isso se frustram, se aborrecem, ficam enciumadas.</div><div align="justify">Ser mãe, me ensinou que tudo na vida acontece ao tempo certo. Desde que nascemos somos diferentes. Cada criança tem seu desenvolvimento. Aprende a sentar, engatinhar, andar, falar, conforme seu organismo e sua inteligência se expandem. Não existe data certa. Cada uma tem o seu próprio tempo. </div><div align="justify">Então porque quando crescemos queremos nos nivelar com os outros? Se soubessemos respeitar o próprio espaço e o alheio, evitaríamos muito dissabores. </div><div align="justify"> </div>Renata Martinshttp://www.blogger.com/profile/04959845681578070966noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-959507096368376822.post-65531854496692236362010-09-16T13:18:00.003-03:002010-09-16T14:37:11.413-03:00Um mundo de descobertasQuer saber como Deus é bondoso com a humanidade?<br />É simples, basta observar o desenvolvimento de uma criança. Imagine que no útero ela tem pouco o que ouvir, a não ser o martelar do coração de sua mãe. Também vê muito pouco, toque apenas a parede do útero materno, mas quando nasce, tem a sua volta um mundo cheio de cores, sons e sentidos.<br /><br />A cada dia, uma nova descoberta. Existe prazer maior? Basta olhar para a criança para perceber sua alegria em encontrar algo de textura macia, ou áspera, sentir na boca seus brinquedos, explorar com seus dedinhos o rosto da mãe, do pai, dos familiares.<br /><br />Sim, a vida é cheia de descobertas. Quando crianças vivenciamos isso de maneira completa. A cada nova sílaba pronunciada, a cada novo passo dado. Escalar os objetos é prazeroso. Ouvir o riso materno é prazeroso, sentir o sabor de uma nova fruta também é.<br /><br />Que pena que quando crescemos tendenciamos a esquecer que o mundo é cheio de descobertas, mesmo para nós adultos.Renata Martinshttp://www.blogger.com/profile/04959845681578070966noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-959507096368376822.post-25610196780009006172010-09-03T16:22:00.002-03:002010-09-03T16:26:22.245-03:00Eita mundo<div align="justify">Quando vejo o olhar inocente de minha filha, rindo de cada gesto que eu faço, me dá uma vontade de inventar um remédio que a impeça de crescer. Todo o mundo dela é colorido, cheio de alegria. Se alegra com meu olhar, com meu sorriso, quando eu canto, danço ou simplesmente olho para ela.</div><div align="justify">Sorri quando vê alto que a interessa, quando percebe que será alimentada, enfim, para ela não há dissabor algum no mundo. Suas tristezas se resumem à demora da mamadeira, à fralda suja ou uma pequena vontade não atendida.</div><div align="justify">Que dó me dá m saber que conforme crescer ela verá tantas coisas no mundo da qual não gostará. Infelizmente faz parte da vida. Só posso desejar e lutar para que as coisas boas, sejam em maior número. </div>Renata Martinshttp://www.blogger.com/profile/04959845681578070966noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-959507096368376822.post-58392491853821053792010-08-25T14:26:00.002-03:002010-08-25T14:31:28.994-03:00Depois de seis, sete meses...Durante a gravidez só pensamos neles: em como será o rostinho, os detalhes do corpo, a cor dos olhos, dos cabelos, o formato da boca.<br /><br />Depois que nascem só pensamos neles: será que tem fome? Será que está com frio? Será que está confortável?<br /><br />Assim, como mulheres acabamos ficando um pouco de lado em nossas necessidades básicas. Manicure e cabeleireiro duas vezes por semana passam a se tornar inexistente. Falta tempo. Falta tempo para ler um bom livro, navegar horas pela internet, cuidar dos serviços domésticos. Mas nem isso parece abalar nossa convicção absoluta de sermos mães heroínas, vivendo só para os filhos e a felicidade deles.<br /><br />Dei um pequeno basta nisso quando minha boneca completou sete meses. Não, não a abandonei, nem neglicenciei, nem a coloquei de lado. Só passei a me preocupar mais comigo mesma. Com o meu bem estar. Com a cor e a maciez do meu cabelo. Com as cutículas das unhas, com meu corpo.<br /><br />Agora divido a atenção com minha filha e minhas obrigações de mulher. Entrei no pilates, comecei a voltar a forma antiga. Mudei minha alimentação, que passou a ser durante a semana praticamente 100% vegetariana.<br /><br />Senti um pouco de culpa no começo. Agora que me sinto melhor, mais mulher. Agora que me sinto mais feliz, consigo torná-la mais feliz.Renata Martinshttp://www.blogger.com/profile/04959845681578070966noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-959507096368376822.post-6669210784541226022010-08-25T14:04:00.002-03:002010-08-25T14:11:04.476-03:00A Primeira DoençaFiquei um tempo afastada do blog. As mães hão de compreender o quanto é difícil administrar casa, filho, trabalho e internet!<br /><br />Nesse período aconteceram coisas boas e outras que me deixaram apavorada. Entre elas, a primeira doença de minha pequena filha. Foi nas férias de julho. Do nada uma pneumonia. Imagina o pavor a ansiedade, o medo, as noites sem dormir. Apesar de todo o cuidado, todos os agasalhos, mesmo trancada em casa a menina ficou doente. Isso deprime.<br /><br />Não há nada no mundo mas doloroso do que ver os olhos de seu bebê sem brilho. Ainda mais quando se trata de uma menina tão alegre e sapeca como a minha. Graças a Deus foi só um susto.Renata Martinshttp://www.blogger.com/profile/04959845681578070966noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-959507096368376822.post-78629506387891576382010-06-24T07:23:00.004-03:002010-06-24T07:31:42.536-03:00Tudo a seu tempoDias atrás recebi a visita de uma amiga de infância. Daquelas de unha e carne, com a qual vivia grudada até o dia, em que sabe-se lá o motivo, brigamos e paramos de nos falar. Foram anos de distância até nos cruzarmos há uns quatro anos e iniciarmos um retorno à velha amizade. Mesmo assim, foram poucas as vezes que nos vimos: uma saída juntas, uma no casamento da outra, até esta visita. Ficamos horas conversando, e até tentamos, em vão, lembrar o motivo da briga. Hoje nos falamos mais, nem que seja pela internet, mas prometemos não sumir novamente...<br /><br />Isso me fez entender que algumas coisas fazem parte de nossa infância. Inclusive a imaturidade. Hoje, a tendência dos pais é exigir uma maturidade absurda das crianças. Tudo bem, o estímulo que elas recebem, a convivência cada vez maior com os adultos e o mundo de informações que elas encontram também colaboram para isso. Mas a verdade, é que os pais tendem a sempre exigir, cobrar resposabilidades, querer que o filho aprenda logo o certo e o errado. Pra quê?<br /><br />Não sou menos feliz devido as pequenas bobagens que cometi quando criança.<br /><br />Por isso, quero aprender a respeitar o tempo de Letícia aprender as coisas. Criança tem que ser criança. Tudo na natureza amadurece a seu tempo... e o ser humano também.Renata Martinshttp://www.blogger.com/profile/04959845681578070966noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-959507096368376822.post-20193997981568526802010-06-09T14:58:00.002-03:002010-06-09T15:11:26.508-03:00E cinco meses se passaramDizem que o tempo passa rápido. O triste é que isso tem lá sua verdade. Ainda ontem, Letícia era um bebê que dormia quase o dia todo, não sabia nos olhar fixamente, só tinha o instinto de fome e de chorar quando precisava de algo.<br /><br />Hoje a notei assistindo televisão com uma concentração única. Rindo quando fazia um barulho alto e fazendo cara feia quando entrava o comercial. Ela adora as Pistas de Blue. Meu marido diz que ela não entende ainda, mas ele não a observa todas as manhãs ficando brava quando o desenho acaba.<br /><br />Esta manhã ele estava em casa e finalmente notou isso. Ficou espantado ao perceber que o desenho seguinte não chamava a atenção dela, embora as cores e as músicas também fossem vibrantes.<br /><br />Letícia já sabe o que quer. Chama minha atenção quando quer falar comigo, fica irritada se não damos a atenção para ela quando quer 'falar' com a gente.<br /><br />O tempo passa muito rápido. Outro dia ela apenas mamava, hoje se delicia com as papinhas de fruta, experimentando sempre um novo sabor e gostando de todos.<br /><br />Vendo-a crescer a cada dia percebo como às vezes somos idiotas nos importando com coisas tão pequenas e superficiais, ao invés de vivenciarmos os sentimentos realmente importantes, uma vez que, como constado, o tempo passa muito rápido e quando nos damos conta, deixamos para trás várias boas oportunidades de encontrarmos a felicidade.Renata Martinshttp://www.blogger.com/profile/04959845681578070966noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-959507096368376822.post-9287705678036847052010-05-20T16:42:00.002-03:002010-05-20T16:49:27.187-03:00ConfiançaEu sempre achei que a confiança devia ser primordial. Talvez porque minha natureza seja acreditar sempre na bondade humana, apesar de saber que há maldades no mundo. Mas primeiro confio, e só depois de motivos fortes, deixo de confiar.<br /><br />O problema é que muitas vezes isso gera decepções. Então me pergunto se não seria mais fácil ser pessimista e desconfiar de tudo e todos sempre. Para só depois, de muitas 'provas' possa confiar. Talvez essa fórmula seja menos dolorosa e complicada mas não sei se é a mais certa. Afinal, como viver em um mundo sempre desconfiando de todos que nos cercam?<br /><br />Ainda estou confusa sobre o que ensinar para minha filha sobre isso. Como pedir para que ela confie em mim, se eu ensinar que deve desconfiar de todos? Como explicar que ela deve confiar em todos se no mundo existe tanta gente infiel?Renata Martinshttp://www.blogger.com/profile/04959845681578070966noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-959507096368376822.post-43268533985626293152010-05-10T14:31:00.004-03:002010-05-10T14:37:44.305-03:00Letícia e as frutas<div align="justify">O paladar é algo incrível. Com ele podemos sentir a doçura, a amargura, o acidez...</div><div align="justify"> </div><div align="justify">Imagino como é para uma criança a descoberta de cada um desses sabores. A aventura proposta no consumo de uma fruta, de uma papinha, até do próprio leite materno.</div><div align="justify"> </div><div align="justify">Já percebi que Letícia gosta de aventuras. Enquanto amassava sua primeira banana, já contabilizada o exercício que faria para que ela engolisse, não chorasse, comesse toda a fruta conforme a mamãe havia planejado. Sob os olhos da avó parterna, do pai, das tias e da madrinha, fizemos uma comemoração pelo momento.</div><div align="justify"> </div><div align="justify">Ela cuspiu metade na primeira colherada. Não porque não tenha gostado (como ia perceber em instantes), mas porque ainda não está acostumada ao ato de engolir. No entanto, deu para perceber ao final da terceira colherada o quanto ela gostou da fruta. Ficou evidente, pois reclamava a cada demora para uma nova colher. Comeu tudo e quando acabou fez beicinho e chorou, querendo mais. </div><div align="justify"> </div><div align="justify">- Não pode bebê, é uma só por dia!</div><div align="justify"> </div><div align="justify">Gostei de ver o brilho nos olhos dela, e o apreço com que ela consumiu sua primeira banana! Doce não é minha filha? Como muitas coisas na vida!</div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div>Renata Martinshttp://www.blogger.com/profile/04959845681578070966noreply@blogger.com0