terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Quase um ano

O tempo passa muito depressa. Antes eu não tinha essa sensação, agora, conforme vejo Letícia crescer sinto como se o tempo voasse como o vento, rápido, forte, implacável.

Desde que minha pequena nasceu minha rotina mudou muito. Nos últimos meses, devido a diversos compromissos não consegui nem atualizar o blog com suas peripécias, mas agora, perto das férias, monografia entregue, obra quase concluída, a diversão tem sido preparar sua festa do primeiro aniversário.

Muito se passou desde a última vez que passei por aqui. Letícia saiu do peito. Foi uma transição fácil, mais dolorosa pra mim que pra ela, que não teve nenhuma alteração no comportamento por causa disso. Em um domingo, logo após completar dez meses, ela saiu engatinhando atrás de mim e desde então, não para um minuto e vai onde quer.

Começar engatinhar tem seus problemas. A atenção é dobrada, mas apesar de todo zelo e cuidado dos pais ela levou seu primeiro tombo. Confesso, até hoje foi o dia mais triste e desesperador que enfrentei ao lado dela. Nosso cansaço nos fez dormir, e a sua esperteza a fez engatinhar para sair da cama, sem limites ela tombou. Médico, raio X, mas graças a Deus, que sempre está ao nosso lado não foi nada, mas o susto basta.

Agora, ela fica de pé e anda pela beirados dos móveis, ontem levou um novo tombo ao tentar ir de um para outro sem segurar. Levantou, chorou, riu, está aprendendo seus primeiros passos, levando os primeiros tombos, de uma vida, que espero eu, não tenha muitos.

Letícia é o próprio retrato do significado do seu nome, uma criança alegre, risonha para todos, que gargalha a menor graça que fazemos pra ela. Tem todos os traços possíveis do pai. A boa, os olhos, o cabelo, as mãos e pés compridos, a magreza. Da mesma maneira, possui todos os traços da personalidade da mãe, no caso eu: é mandona, quer ser o centro das atenções e não gosta de ser contrariada. Por isso, anda meio birrenta, mas até eu ensiná-la a canalizar tudo isso de uma maneira menos birrenta e mais produtiva.

É engraçado e gratificante nos vermos nela. Mesmo quando são defeitinhos. Não há como disfarçar o sorriso, quando ela faz algo que a deixa parecida conosco, mesmo que seja uma arte.

Não existe maior riqueza no mundo do que ver os filhos crescerem e aprenderm cada coisa nova. Escuta mamã, papai, vovó, tchau, qué, e todas as outras síbalas que nos fazem querer decifrar esse linguajar único que só os bebês possuem.

Enfim, já são quase onze meses e meio, tempo esse que passou depressa, mas com o qual muito aprendi.