segunda-feira, 19 de abril de 2010

Uma nova língua

Hoje sei que aprendi uma nova língua. Não é inglês, nem espanhol, nem francês, mas sim a língua do amor materno. Só as mães a conhecem. Só as mães sabem identificar cada som emitido nessa língua e entender seu significado mais profundo.

Um humhu pode ser um pedido de carinho, um pouco de fome, um pedido de limpeza, uma vontade de brincar. Mas as mães sabem, conhecem cada sussuro, cada sílaba pronunciada.

Hoje sei que aprendi uma nova língua. A língua do amor.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Amor de mãe

Acordo todas as manhãs com a mesma imagem em minha mente. A imagem de um rostinho pequenino, com bochechas grandes e rosadas, nariz arrebitado e olhos puxados em tons esverdeados. É no rosto de Letícia que penso todas as manhãs.

A cada dia sinto como se ela mais me pertencesse. Não tem muitos traços como os meus, mesmo assim, vejo nela um pouco de mim. Seu sorriso pela manhã é encantador. Gosta de acordar cedo, e quando nos vê agita os braços e impulsa o pequeno corpo para a pegarmos.

Tudo nela me faz sorrir e me enche de alegria. Toda vez que a olho sinto um amor tão grande que nenhuma palavra pode expressar. Como pode um pequeno bebê mudar tanto a nossa vida, nos fazer refletir, nos alegrar e temer a mesmo tempo?

Não me canso de olhá-la, de acariciá-la, de beijar suas bochechas rosadas, de morder seus pesinhos gordos com meus lábios, de abraçá-la junto ao meu corpo e sentir seu cheiro doce.
Como o amor é de uma mãe para uma filha é maravilhoso! Ficará eternamente comigo, para todo o sempre e só quero atracés desa linha que um dia ela saiba disso, do quanto foi amada por mim.

3 meses

Minhas noites de sono não são mais as mesmas. Não que minha pequena criança a atrapalhe com choros e gritos. Ela é na verdade uma boa dorminhoca (como o pai), mas eu sinto a necessidade crescente de levantar durante a madrugada só para olhá-la, adimirar seu sono inocente, imaginar os sonhos que tem e o quanto ainda vai sonhar na vida.

Há três meses eu sei o que é o amor incondicional. E se antes, ao olhar aquele bebezinho frágil eu ja sentia uma alegria imensa, agora, quando chego ao lado do berço e ao encará-la sou retribuída com um sorriso, minha felicidade é maior ainda.

Letícia é boa de conversa. Balbucia o tempo todo quando está acordada, sorri quando sorrio, faz cara de assutada se brinco de estar brava. Ri alto quando danço ou canto para ela. Chama minha atenção se estou olhando para outro lugar. Ela precisa de mim, do meu amor, do meu carinho e da minha atenção.

Seu olhar é meigo, doce, amoroso, e me enche de satisfação. Fico orgulhosa com cada novo aprendizado. Ao ficar de bruços, já levanta a cabeça e olha tudo ao redor. Me acompanha com os olhos quando estou andando de um lado para o outro durante meus afazeres, mostra curiosidade por coisas coloridas e procura a voz do pai quando falo com ele pelo viva voz do celular.

Olhar minha filha e seu desenvolvimento é a sensação mais arrebataroda que já senti. Um amor imenso, sem restrições. Ah! Se fosse possível descrever o amor com fidelidade! O significado dele é tão amplo e intenso que mesmo os melhores poetas carecem de definição. Mas talvez, nós o encontremos em cada palavra que escrevemos, desde que sejam escritas com sentimento