quinta-feira, 24 de junho de 2010

Tudo a seu tempo

Dias atrás recebi a visita de uma amiga de infância. Daquelas de unha e carne, com a qual vivia grudada até o dia, em que sabe-se lá o motivo, brigamos e paramos de nos falar. Foram anos de distância até nos cruzarmos há uns quatro anos e iniciarmos um retorno à velha amizade. Mesmo assim, foram poucas as vezes que nos vimos: uma saída juntas, uma no casamento da outra, até esta visita. Ficamos horas conversando, e até tentamos, em vão, lembrar o motivo da briga. Hoje nos falamos mais, nem que seja pela internet, mas prometemos não sumir novamente...

Isso me fez entender que algumas coisas fazem parte de nossa infância. Inclusive a imaturidade. Hoje, a tendência dos pais é exigir uma maturidade absurda das crianças. Tudo bem, o estímulo que elas recebem, a convivência cada vez maior com os adultos e o mundo de informações que elas encontram também colaboram para isso. Mas a verdade, é que os pais tendem a sempre exigir, cobrar resposabilidades, querer que o filho aprenda logo o certo e o errado. Pra quê?

Não sou menos feliz devido as pequenas bobagens que cometi quando criança.

Por isso, quero aprender a respeitar o tempo de Letícia aprender as coisas. Criança tem que ser criança. Tudo na natureza amadurece a seu tempo... e o ser humano também.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

E cinco meses se passaram

Dizem que o tempo passa rápido. O triste é que isso tem lá sua verdade. Ainda ontem, Letícia era um bebê que dormia quase o dia todo, não sabia nos olhar fixamente, só tinha o instinto de fome e de chorar quando precisava de algo.

Hoje a notei assistindo televisão com uma concentração única. Rindo quando fazia um barulho alto e fazendo cara feia quando entrava o comercial. Ela adora as Pistas de Blue. Meu marido diz que ela não entende ainda, mas ele não a observa todas as manhãs ficando brava quando o desenho acaba.

Esta manhã ele estava em casa e finalmente notou isso. Ficou espantado ao perceber que o desenho seguinte não chamava a atenção dela, embora as cores e as músicas também fossem vibrantes.

Letícia já sabe o que quer. Chama minha atenção quando quer falar comigo, fica irritada se não damos a atenção para ela quando quer 'falar' com a gente.

O tempo passa muito rápido. Outro dia ela apenas mamava, hoje se delicia com as papinhas de fruta, experimentando sempre um novo sabor e gostando de todos.

Vendo-a crescer a cada dia percebo como às vezes somos idiotas nos importando com coisas tão pequenas e superficiais, ao invés de vivenciarmos os sentimentos realmente importantes, uma vez que, como constado, o tempo passa muito rápido e quando nos damos conta, deixamos para trás várias boas oportunidades de encontrarmos a felicidade.