sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Não me lembro como era a vida sem você

Foram nove meses inexplicáveis. Misto de ansiedade e medo, paixão e loucura, ternura e amor. Quando nossos bebês estão dentro da gente, as sensações são maravilhosas, intensas, ternas e profundas. Nada é mais maravilhoso do que sentir cada chute, cada pequeno movimento, e sonhar, dia após dia com o rosto daquilo que será nossa razão de viver.

Hoje, Letícia completa um mês de vida, mas eu já não consigo lembrar como era a vida sem ela. Minha filha está presente em cada minuto da minha existência. Não existe mais o nosso tempo, a nossa hora. Tudo gira em torno dela, de suas necessidades.

Toda mãe, sabe como o primeiro mês é difícil. O meu não foi diferente embora acredite que tenha sido um pouco mais brando porque Letícia é uma menina muito saudável, mama bem, não sente cólicas, nem dor alguma. Só chora quando está com fralda cheia, quando está com fome ou com aquele soninho. Mama apenas no peito, em média de duas em duas horas, o que impossibilita mais do que uma hora de sono. Acredito que ao toto, durma umas 4 ou cinco horas por dia, todas elas picadas. Dá para imaginar o tamanho das minhas olheiras, a intensidade das minhas dores musculares, o meu cansaço extremo.

Já chorei de desespero em alguns momentos, já fiquei estressada de sono, mas quando olho aquele rostinho angelical dormindo, ou aqueles olhos esverdeados me mirando com tanta segurança, sinto um amor inexplicável, e todo o mal estar passa como um passe de mágica e faz tudo valer a pena. Letícia faz cada pequeno sacrifício valer a pena.

Isso é ser mãe. Agora entendo quando a minha mãe dizia "você vai entender quando tiver seus filhos", porque essa é a pura verdade. Só se entende a mãe da gente quando nos tormamos mãe. Quando percebemos como podemos amar incondicionalmente um pequeno ser que dá tanto trabalho, mas ao mesmo tempo tanta alegria e amor.

Sinto um amor tão grande que fica difícil explicar. Assim como cada vacilada que dou, por inexperiência com bebes, dá uma dor no coração imensa.

Agora não sou apenas eu, agora sou eu e ela e o pai dela. Uma família completa, uma vida completa, uma mulher completa.

Um comentário:

  1. É exatamente isso! Parece que ela sempre esteve aqui, né?

    Lindo texto!

    Beijo!

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