Há quase um ano eu descobri que estava grávida. Desde então tenho vivido intensos momentos de alegria, onde o amor conforta meu coração e a felicidade já nãoé mais uma utopia.
Aqui, já falei de amor. Falei sobre como eu e meu marido aguardávamos a chegada de nosso bebê. Contei a emoção de descobrir que era uma menina e do porquê ela se chamaria Letícia.
Mostrei os preparativos para sua chegada, cada detalhe de seu quarto, de suas roupinhas, do lar que ela teria.
Falei sobre minhas expectativas, meus sonhos, desejos e anseios para ela. Descrevi como foi sua chegada, seus primeiros dias, seu desenvolvimento nos primeiros meses.
Agora chegou uma hora necessária. O momento em que não estaremos 24h por dia juntas. O momento de voltar a trabalhar, ingressar no cotidiano corrido, pensar em estratégias, em mudanças, em desenvolvimento pessoal, enfim, em trabalho.
Serão seis horas por dia longe de minha filha e ainda não sei como conseguirei suportá-las. Fiz um pequeno treinamento na última semana. A deixei por duas ou três horas por dia com os futuros cuidadores.
Ela se adaptou bem. Eu nem tanto.
No primeiro dia, assim que a entreguei nos braços da tia da escola ( com uma certa relutância vale dizer), entrei no carro e consegui dirigir até a esquina. Parei o motor porque meus olhos estavam embaçados e chorei copiosamente por uns 10 minutos. Liguei para meu marido para dizer o quanto aquilo me doía, mas sabendo também o quanto é necessário.
Não é fácil deixar, mesmo que por algumas horas, nosso maior tesouro sob guarda de outrem.
Muitos vão dizer que são apenas alguns momentos, mas para mim, é uma separação. Breve, mas muito dolorida.
Amiga,
ResponderExcluirO tempo passa rápido demais quando estamos felizes...
Sua menina vai crescer longe de você, e vai ter na mãe trabalhadora e vencedora um grande exemplo. Quando chegar a vez dela enfrentar desafios, ela terá a quem puxar.
Grande beijo. Vou gostar de ter você por perto novamente...