segunda-feira, 4 de julho de 2011

Nada é maior que o amor

O tempo passa muito rápido quando temos uma criança em casa. Com a rotina totalmente voltada para esses pequenos, prazeres mundanos, como escrever no blog, acabam tornando-se escassos. Confesso que nos últimos tempos ando um pouco deprimida. Não consigo organizar minha vida de maneira satisfatória. O trabalho me consome, os afazeres domésticos se acumulam e minha saúde anda frágil. De onde tirar força?

Essa é uma pergunta fácil de responder. Toda vez que olho nos olhos de minha filha vejo o amor que sentimos uma pela outra. Ela já tem personalidade definida, mesmo sendo tão pequena. As crianças possuem certas manias adquiridas pela convivência com os adultos e outras inatas. A mania de Letícia querer as coisas do jeito dela vem da convivência com a mãe. No entanto, é de sua característica inata a obervação e maneira desafiadora usada para contestar ordens diretas. Ela entende todas as frases, mas questiona o imperativo quando não deseja realizá-lo.

Sua maneira de demonstrar sentimentos tem um particular que foge daquilo que sempre acreditei ser inerente às crianças. Certo dia, eu com lágrimas nos olhos e desespero a vi tremer e se assustar com tamanha dor que a mãe sentia. Eu acreditava que a criança assustava fugia do problema e esperei que ela saísse de perto de mim, chorando ou gritando com o susto que eu, mesmo não desejando, proporcionei a ela. Letícia, alegria de minha vida, esticou os braços em minha direção, me abraçou forte com seus dois bracinhos, colou seu rosto macio no meu, e com as mãozinhas acariciou minha cabeça dizendo: mamãe, mamãe, mamãe... Se ela falasse frases inteiras, se tivesse um ano a mais do que tem hoje, provavelmente diria: Não chore mamãe, eu estou aqui, estou com você e te amo com todas as minhas forças.

Não há tristeza que seja maior do que um amor assim.



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