quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Na escola...

Lembro da primeira vez que fui à escola. Eu tinha cinco anos, mas nunca me esqueço porque soltei a mão de meu pai, ganhei um beijo e corri pelo jardim olhando para trás, um pouco triste pelo que achava que estava perdendo, mas feliz pela expectativa daquilo que encontraria. Eu sempre fui assim. Sempre tive medo de deixar o passado e ansiedade pelo futuro.

Minha pequena provavelmente não terá essa lembrança. Ela foi para a escolinha ainda bebê, quando a licença maternidade acabou e portanto, os dias inteiros de mãe e filha. Talvez seja melhor assim, ela não se lembrará de minha tristeza ao deixá-la, nem do meu desapontamento quando, nos dias de hoje, ela não quer ir embora da escola.

Sim, pasmem, meus amigos. Meu bebê de um ano e oito meses, chora, esperneia, se joga no chão para ficar na escola. Alguns podem dizer que isso é bom sinal: ela é bem tratada, gosta das tias, dos amiguinhos... mas meu coração de mãe fica pequenino, porque o que eu esperava ela um baita sorrido e um abraço apertado assim que ela me visse.

Não, não maltrato minha filha. Aliás, acho impossível dar mais amor. Não sei porque essa reação. Se a escola é boa demais, se ela gosta muito de brincar e eu sempre chego no auge da brincadeira, se ela propositalmente quer se vingar por eu a ter deixado, ou se simplesmente ela gosta mais das tias que da mamãe (agora soei um pouco melodramática).

O fato é que, como todas as mães dizem: a gente cria os filhos para o mundo e não para nós. Triste demais aprender isso tão cedo assim...

PS: minha alegria volta uns dez minutos depois que chegamos em casa. Ela pula, brinca, diz que me ama, me abraça, me aperta, grita, diz que quer meu colo, gruda em minhas pernas e não para de chamar mamãe, até que... o papai chega!

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