sábado, 26 de dezembro de 2009

37 semanas

A reta final da gravidez é algo inexplicável. Meu corpo parece que não é meu nessa última semana. São 37 semanas e não me reconheço. Para andar, abro as pernas o máximo que consigo e me movimento, não, me arrasto teatralmente como se fosse a coisa mais difícil do mundo. Na verdade no momento para mim é. Não sei se as pessoas entendem, mas o peso parece que só cresce a cada momento, tornando-me cada vez mais lerda.
Por outro lado, a felicidade por estar finalmente perto de segurar minha filha nos braços é imensa. E essa ansiedade misturada com o desconforto físico resulta num misto de emoção e mal humor. Toda vez que abro a boca é para xingar alguém (meu marido normalmente) e depois de cinco minutos me dá um vontade louca de chorar. Já perdi as contas de quantas vezes hoje as lágrimas vieram aos meus olhos.
Parece que somos eu e ela incompreendidas no mundo. Se ela sente o que eu sinto é isso o que sente então. Incompreensão. Parece que o mundo espera de nós algo tão difícil! Não sei como explicar, mas acho que é daí que vem o mal humor.
Agora por exemplo, minha luta foi para conectar a internet... estou na casa do meu pai e tive que improvisar pela discada... Nossa que estresse, rsrs. Mas tudo bem, acho que daqui alguns dia vai passar. Só não gosto dessa sensação de incompreensão e desconforto que sinto. Ainda bem que Letícia entende! Sinto a compreensão dela, e ela sente todo o meu amor que é imenso!!!

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Final de Gestação

É um pouco dificil descrever o final de uma gestação.

Emocionalmente me sinto um turbilhão de emoções. Estou feliz de uma maneira que nunca estive, pronta para receber em meu lar, esse pequeno ser que é um pedaço de mim e da pessoa amada. Que reflete não apenas um momento de calor, mas um momento de amor, de junção. Ver-se representado a quem se ama, em um outro ser humano deve ser algo extremamente gratificante.
Como disse certa vez, é a maneira de se materializar o verdadeiro amor.

Curioso que isso aconteça próximo ao Natal. Um pouco depois na verdade, mas o que quero dizer é que neste momento, as vésperas de comemorarmos o nascimento de Cristo, e olhando pelos presépios afora as figuras da sagrada família, percebo o quanto uma família deve ser mesmo sagrada. O quanto cada um pertencente a ela tem que se doar, para jamais destruí-la.

Também me sinto apreensiva. Acho que é coisa natural de grávida, um certo receio de não saber como é o parto, como a bebe vai nascer..., mas nada que seja uma nóia grande.

Fisicamente... bem fisicamente é um pouco mais complicado. A barriga está pesada. É dificil levantar, sentar, ir ao banheiro, e principalmente dormir. Me sinto frágil, como se fosse quebrar com um movimento mais brusco. Tambem não me sinto nada atraente, e embora goste de ver a barriga no espelho, é só ela que gosto, porque olho para meu rosto formato bola e meu cabelo duas cores e me dá desespero.

São desconfortos que valem a pena, que logo passaram, ou serão esquecidos quando tiver com minha filha dos braços. Mas o relato é válido para o blog, afinal, como diz o ditado, ser mãe é padecer no paraíso.

36 semanas

A cada dia está mais perto. A sensação é estranha, misto de ansiedade, receio, expectativa. Como será o rostinho de minha menina?
Herdará os olhos expressivos e os cílios longos do pai?
Terá o nariz meio arrebitado como o da mãe?
Verei nela traços de meu sorriso que tanto encanta meu marido?
Será inovadora, inteligente, esperta e ativa como o homem que amo?

São tantas perguntas e especulações sobre respostas que às vezes ficam tonta!

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

34 semanas

Em pouco mais de um mês, talvez até menos, estarei com minha filhinha nos braços. Procuro pensar positivo, que tudo irá correr bem, que ambas passaremos por esse maravilhoso e misterioso mundo do parto com tranquilidade.... mas tem hora que bate um desespero sabe?



Hoje, eram 4h da manhã quando acordei e perdi definitivamente o sono. Virava de um lado, virava de outro e nada do sono voltar. Não aguentei... caí no choro, sei lá porque. Estava pensando nos traços dela (que eu fabriquei) e em como será o momento, e então me deu uma vontade louca de chorar. Coitado do marido que acordei uma hora mais cedo do que o costume só para perguntar aflito o que eu estava sentindo... e como explicar que era apenas... medo e felicidade!